
Até onde vale a pena lutar
Até onde vale a pena insistir
Será que não é melhor descansar
Será que não é melhor desistir
Continuar lendo “Até onde…”Até onde vale a pena lutar
Até onde vale a pena insistir
Será que não é melhor descansar
Será que não é melhor desistir
Continuar lendo “Até onde…”Confesso: nunca morri de amores pelo Papai Noel. Nunca cedi a seus sorrisos, presentes, doces e pirulitos – ainda que tenha aceitado boa parte deles. Talvez seja uma fobia a gente grande usando fantasia fora do carnaval, pois nunca me afeiçoei a palhaços. Passei uma festa no colo do meu avô, só para não ter que interagir com aquele homem colorido e maquiado. Qualquer tentativa de aproximação, era repudiada com gritos histéricos e lágrimas saltitantes. Tampouco me orgulho de ter contado para uma amiguinha que o Polo Norte não era tão longe assim – o velho barrigudo morava no quarto ao lado do dela. “Ela é tão inteligente”, tentei justificar, “merecia saber a verdade”.
Continuar lendo “Um apelo ao Papai Noel”– Você usa o Trello? – perguntou-me o cliente.
– Não.
– Google Agenda?
– Não, uso agenda de papel mesmo.
– E como as pessoas sabem se você está disponível para reuniões? – insistiu, em um misto de curiosidade e incômodo.
– Elas me perguntam.
– Toda vez?
Continuar lendo “A Mulher das Cavernas do Século XXI”Eu já conhecia Isabel há algum tempo, mas só me conectei com ela quando a vi falar sobre suas dores e alegrias, sem lamentos ou excessos. Vi-me diante de uma mulher sóbria, com voz firme e pausada, sem vergonha de contar tudo que viveu.
Continuar lendo “A Vida, segundo Isabel”A senhorinha encostou-se no muro baixo da casa, como se estivesse colando a barriga em um balcão de bar. Em vez de bebidas, frituras e guloseimas, ofereceu histórias sobre os outros habitantes da casa – 3
gatos e 1 cachorro. “Quem briga são os humanos. Esses aí convivem muito bem”, avisou, espatifando sem dó qualquer crença baseada em Tom e Jerry.
É assim que ela está hoje. Encostada em um canto. Já registrou números, dinheiro, histórias. Com o tempo, perdeu seu vigor e até importância. Passou a registrar o tempo e as mudanças que ele inevitavelmente traz.
Continuar lendo “Aposentada”Eu já quis ser uma dessas pessoas que nunca olha para trás, mas a verdade é que dou sempre aquela espiadinha pelo espelho retrovisor. Sou dessas que gosta de recordar pessoas e experiências. Às vezes, dou marcha ré e estaciono por um tempo, mais do que deveria, talvez por não estar pronta para a despedida definitiva; às vezes, me deparo com novas perspectivas sobre velhos acontecimentos e sentimentos, algo que só a distância e a idade fazem por nós. Nesses momentos, limpo a lagriminha que embaça a visão e deixo a #gratidão preencher meu peito.
Continuar lendo “Retrovisor”De todos os sonhos a se tornarem realidade, 2020 escolheu bem um que
mais se parece pesadelo: sair pelada na rua. A primeira vez (sim, teve mais de uma!) foi em um sábado ensolarado de Primavera. Nas primeiras horas da manhã, a cidade ainda adormecia e até os passarinhos pareciam mais preguiçosos. Lembro da brisa fresca, do colorido da árvores e da sensação de liberdade.