Busca

Doce Viagem

O melhor da vida na nuvem

Tag

escrita

U m m i n u t o d e c a d a v e z

Foto: @tatirlima (IG)

Às vezes, as palavras ficam entupidas. Não é um simples bloqueio criativo; é uma obstrução provocada pela recusa dos neurônios a fazer certas sinapses. Talvez haja algo que ainda não pode ver a luz do dia; talvez esse algo esteja ainda sendo gestado.

Continuar lendo “U m m i n u t o d e c a d a v e z”

A escrita noturna

Quase 23 horas. O sono já bate à porta, mas sou sequestrada por aquela vontade de escrever aleatoriamente, sem julgamento, sem rumo. Brota em mim como desejo incontrolável de grávida, que parece não ter sentido, mas pulsa com um único propósito: realização.

Ou será simplesmente satisfação?

Continuar lendo “A escrita noturna”

Um encontro com Marina Colasanti

Marina, durante “Encontro com Escritores”, promovido pela Casa Museu Ema Klabin

“Sou completa”, disse a elegante senhora, sem falsa modéstia ou arrogância. Artista plástica, ilustradora e escritora, Marina Colasanti, a dona de quatro Jabutis, entre outros prêmios, encanta com a sua sabedoria e simplicidade.

Aos 85 anos, ela tem a elegância de quem não se rende a modismos, de quem não quer convencer ninguém de nada, muito menos carregar ideias ou palavras de outras pessoas só para agradar ou se sentir parte de algo. É daqueles raros seres que mais querem ouvir e refletir do que falar, mesmo sendo o centro e a razão de encontros como o promovido pela Casa Museu Ema Klabin, um dos espaços mais privilegiados, em todos os sentidos, de São Paulo. 

Continuar lendo “Um encontro com Marina Colasanti”

Bailando pelo papel

Chego ao fim de mais um caderno, por cujas pautas ensaiei quem fui, quem sou, quem sonho ser e quem, talvez, nunca serei. Afinal, não decorei a coreografia e, por vezes, me perdi em um passo diferente, seguindo um compasso sussurrado, quem sabe, pelo vento. Aprendi com Clarice que nada às vezes faz sentido, nem precisa fazer eternamente – basta um instante, um instante de um segundo, um minuto, uma hora, um dia, uma semana, um mês, um ano, uma vida. Sem sapatilha, suja de tinta, sigo a melodia silenciosa, ou talvez seja misteriosa, porque parece que ninguém mais a escuta, só meus pés a conhecem, só minha mão direita é capaz de traduzi-la. Uma confusão única, obra de uma existência.

Esse post foi originalmente publicado no blog Mais Um Café?

Exilados e estrangeiros

Poster do filme Medianeras

Luiza só queria comprar um remédio para dor de cabeça quando foi lembrada da sua condição. Ela não tinha percebido os olhares lançados em sua direção enquanto esperava na fila e falava com a mãe, em Português, por telefone. “Volte para o seu país”, disse um senhor ao esbarrar com certa violência nela. Todo mundo viu, ninguém se manifestou a seu favor. Foi, então, que ela se deu conta: após deixar o Brasil e conquistar outra cidadania, ela virou uma estrangeira – no país onde nasceu, no país que a acolheu.

José conhecia bem esse sentimento. Como muitos, ele deixou o sertão nordestino para sobreviver em São Paulo. Morava na Zona Leste e trabalhava como guarda noturno em um condomínio da Zona Sul. Pouco convivia com amigos e familiares, mal conhecia os colegas do edifício onde passava seis noites da sua semana, era somente uma sombra para os moradores daquele prédio.

Continuar lendo “Exilados e estrangeiros”

A escrita e a culinária de cada dia

Entre a escrivaninha e o fogão há mais semelhanças do que se pode imaginar. O processo para criar um texto e fazer o almoço segue, na minha opinião, a mesma fórmula: é uma grande jornada entre o mundo interior e exterior, temperada de aventuras e emoções.

Há de se começar sempre com um plano. Um bom texto surge de um roteiro bem definido – com objetivos e elementos para prender a atenção volúvel do leitor e lhe arrancar suspiros, likes e resenhas positivas. O sucesso do almoço também depende de um cardápio estruturado, que dará o tom de todo o preparo – da organização aos ingredientes que não podem faltar para agradar aos mais diferentes paladares e estômagos.

Continuar lendo “A escrita e a culinária de cada dia”

O que você faz com papel e caneta?

paper-1141308_640

Eu construí, meio sem querer, a minha vida.

Ainda menina, eu descobri a mágica que acontecia ao espalhar palavras sobre papel. Eu não ligava para brinquedos e até mesmo livros. Gostava mesmo era de manchar meu mundo com fontes e cores das cartas que recebia de várias partes do planeta.  Leia Mais

Blog no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: