Tirei essa foto na porta de uma igreja enquanto espiava o casamento de um jovem casal. O noivo chegou acompanhado dos amigos, em motos que rosnavam. A noiva foi mais discreta, em um carro pequeno, onde só havia espaço para ela e os pais. Quando entrou na igreja, ele chorou copiosamente. As lágrimas de amor dele provocaram os neurônios-espelho dos demais, inclusive de quem nem os conhecia. 0/
Continuar lendo “O Amor”Com o corpo pesado do exercício, rendo-me à posição final da prática de yoga, a mais simples e a difícil, pois exige total entrega e o reconhecimento da vulnerabilidade em mim. Respiro uma, duas, três vezes. O chão duro, coberto por um leve tapete, me abriga como um abraço saudoso.
Continuar lendo “Shavasana”
Quando foi que deixamos de nos maravilhar com a vida?
Quando foi que deixamos de enxergar o sol que pinta de dourado tudo que toca?
Quando foi que deixamos de notar as nuances de azul em um céu de outono?
Quando foi que deixamos de sentir o perfume que a terra exala ao ser tocada pela água gelada e cristalina?
Quando foi que deixamos de perceber como as folhas e flores reagem a convidados inesperados que em sua superfície pousam?
Quando foi que deixamos de sentir o beijo do vento em nossa face e o cuidado da terra sob os nossos pés?
Quando foi que deixamos de ouvir o canto da natureza e a melodia dentro de nós?
Quando foi que deixamos de olhar para o outro, sentado bem ao nosso lado?
Quando foi que deixamos de apreciar o calor do toque, o som da palavra, o brilho no olhar?
Quando foi que deixamos de apreciar o tempo que nos foi dado?
Quando foi que deixamos de nos sentir parte desse Todo?
Quando foi que deixamos de viver em sintonia?
Quando foi de que deixamos de brincar, de respirar, de conviver?
Quando foi?