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Vamos conversar sobre Clarice Lispector?

Tela “Pássaro da Liberdade”, por Clarice Lispector (IMS)

Foi Caio Fernando Abreu quem melhor expressou o que eu sentia sobre Clarice Lispector. “Ela é demais estranha”, escreveu à Hilda Hist. “Ela é exatamente como seus livros: transmite uma sensação estranha, de uma sabedoria e de uma amargura impressionantes. (…) Tem olhos hipnóticos quase diabólicos.”

É claro que eu não cheguei a conhecê-la pessoalmente e, talvez, por isso nunca tenha tido “febre e taquicardia” como o escritor gaúcho. Só que ela também sempre causou em mim uma perturbação com seus textos, suas analogias profundas, suas personagens sofridas, suas frases enigmáticas e seus desabafos literais. Eu nunca consegui dizer “gostei”, mesmo compartilhando, vez ou outra, daquela “felicidade clandestina”.

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As gêmeas

Imagem: Ayumi Takahashi

Julia e Juliana eram gêmeas idênticas – pelo menos, na aparência. Mais velha, Julia vivia no futuro, listando onde queria estar nos próximos 5 e 10 anos. Mais nova, Juliana vivia no presente, desapegada do relógio, dedicada ao agora.

Julia vivia uma ansiedade incondicional, perseguindo o que queria implacavelmente, insatisfeita com o ritmo e com os resultados, ainda que temporários. Juliana vivia uma tranquilidade incondicional, uma tarefa por vez e uma fé inabalável na conspiração arquitetada pelo Universo para suprir suas necessidades.

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Crônicas de família

A senhorinha encostou-se no muro baixo da casa, como se estivesse colando a barriga em um balcão de bar. Em vez de bebidas, frituras e guloseimas, ofereceu histórias sobre os outros habitantes da casa – 3
gatos e 1 cachorro. “Quem briga são os humanos. Esses aí convivem muito bem”, avisou, espatifando sem dó qualquer crença baseada em Tom e Jerry.

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Manuscritos são bem mais que rabiscos

Manuscrito, ou códice, de Leonardo da Vinci em exposição em São Paulo

Eu sempre fui fascinada por manuscritos. Sinto neles o convite para mergulhar no mundo do artista ou a prova de que a magia existe e é produzida diretamente no coração e na imaginação do ser humano. Não dá esquecer o esforço e a persistência – afinal, muitas ideias (de livros a engenhocas) nascem de rabiscos feitos em um mísero pedaço de papel. Nem tudo vem à público, nem tudo tem um intuito comercial. É somente uma forma de desenvolver um raciocínio; de perpetuar um sentimento ou uma memória; de organizar as emoções, os fatos, as dívidas, os sonhos. Continuar lendo “Manuscritos são bem mais que rabiscos”

Infinda

Ilustração de Francesca Ganassi

Ela tem dia para chegar

mas também gosta de surpreender

aparecendo sem avisar

tentando mesmo me enlouquecer Continuar lendo “Infinda”

Quando uma estrela acende no céu

a sensação inicial é a de que

um fusível do nosso coração se apagou. Continuar lendo “Quando uma estrela acende no céu”

Sabático de Mãe

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Clarinha e Lu, explorando um mundo novo para as duas

Tem gente que tira sabático para se encontrar, para viver novas experiências, para descobrir o mundo. Luciane adicionou a essa lista mais um motivo: ser mãe. A chegada da sua caçula despertou a coragem para redefinir suas prioridades e investir em TEMPO – para os filhos, para a família, para si.  Leia Mais

Criei uma cápsula do tempo para o meu filho

Quem nunca quis voltar no tempo e descobrir mais sobre a sua primeira
infância? Em diferentes etapas da vida e por diferentes razões, buscamos
mergulhar nas histórias dos pais, resgatar as primeiras sensações,
descobrir quem fazia parte do círculo social, quais as primeiras reações
e o que, afinal, já nos tornava tão únicos nesse mundo. A Denise e o
Rodrigo apostaram em uma espécie de cápsula do tempo para garantir que
seu filho Otávio, de um ano, possa acessar isso em qualquer idade ou
etapa da sua vida.  Leia Mais

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