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Como a leitura frutifica

Roberta: leitora, contadora de histórias e livreira, na sua Mandarina (Arquivo Pessoal)

Roberta nunca se esqueceu das visitas que fazia à casa da avó quando era criança. Ela nem sabia ler, mas já gostava de se acomodar junto à estante de livros. Lembra-se do esforço que fazia para segurar aqueles volumes de capa dura do Sítio do Pica Pau Amarelo, de Monteiro Lobato. Cada página que virava era um tesouro que ela desenterrava. O cheiro abafado, aqueles que só os livros antigos sabem exalar, entorpecia a imaginação da menina, que degustava o formato das letras e se divertia com as ilustrações. Ali, meio sem querer, como uma brincadeira, Roberta abriu o primeiro de muitos portais mágicos de histórias.  Continuar lendo “Como a leitura frutifica”

A Dona da Casa dos Sonhos

Era uma vez uma menininha que ficou muito doente e foi obrigada a passar três meses trancada em casa. O pai tentou distraí-la com um presente muito especial: uma coleção de contos de fada. Sem familiaridade com letras, Ângela foi abduzida pelas ilustrações, que espantaram para longe a dor, a tristeza e a solidão. Essa experiência ficou tão viva na sua memória e no seu coração, que ela decidiu na vida adulta criar um lugar onde sonhos e desejos se tornam realidade: a Casa de Livros. Continuar lendo “A Dona da Casa dos Sonhos”

[Paulistanos Anônimos] Senhor do destino

Chegou como qualquer outro passageiro, somente em busca de seu assento. Não demorou muito para sacar da sacola uma revista e uma lupa. Escorregou seus olhos por cada palavra, sem pressa ou vergonha. Saciou sua fome de conhecimento ao espremer cada sílaba cuidadosamente.

Ninguém mais parece ter percebido a cena – tampouco a moça, que se sentou ao seu lado por um tempo. Ele, com certeza, nem se deu conta de outro ser vivo ao seu redor, pois não desviou o seu olhar por um minuto sequer. Estava completamente entregue ao momento, hipnotizado pelo alimento à sua frente.

Era o senhor do próprio destino, incólume à ansiedade do mundo atual, comprometido exclusivamente com nada além do seu tempo.

 

O que uma biblioteca pode fazer por você 

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Monteiro Lobato, à direita, na Biblioteca Anne Frank, em 1945

De acordo com a pesquisa “Retratos de Leitura no Brasil”, citada recentemente por Ruy Castro, 75% dos brasileiros associam “a biblioteca a um lugar para estudar ou pesquisar (natural, por obrigação), não como um espaço de lazer, para ler por prazer, trocar livros ou fazer amigos”.

Talvez você não seja tão apaixonado por livros para imaginar o paraíso como uma grande biblioteca, como Jorge Luís Borges. No entanto, há mais que prateleiras e letras naquele mundo silencioso. Nem todas têm proclamados tesouros, mas certamente há obras de arte, história e o que mais precisamos resgatar: senso de comunidade.  Leia Mais

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