
Lulu Santos, em sua participação em Vai Na Fé, contou que, durante a pandemia, a linha de frente de um hospital do Rio cantou diariamente uma música sua. “Como uma onda” tornou-se, então, uma canção de redenção.
O “indo e vindo infinito” pode nos trazer paz, mas também pode nos sufocar. Há momentos de marola, há momentos em que somos engolidos por ondas tão gigantes quanto as de Nazaré. Somos lançados ao fundo do mar, sentimos o sal rasgar a garganta, emergimos para tomar goles de ar.
Saímos dessa experiência sabendo que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Lembrei-me da história de um geólogo que, após presenciar um enorme furacão, disse a um jornalista que não via a hora de ir à praia. Em vez de destruição, ele esperava encontrar “uma nova praia.” Junto com ela, apesar de todo sofrimento, a promessa de uma nova vida.
“Tudo passa, tudo sempre passará”. Do jeitinho que o Lulu canta.
Ou, como diria Lui, “Vamos!”

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