Tirei essa foto na porta de uma igreja enquanto espiava o casamento de um jovem casal. O noivo chegou acompanhado dos amigos, em motos que rosnavam. A noiva foi mais discreta, em um carro pequeno, onde só havia espaço para ela e os pais. Quando entrou na igreja, ele chorou copiosamente. As lágrimas de amor dele provocaram os neurônios-espelho dos demais, inclusive de quem nem os conhecia. 0/
Ao me arrumar para uma celebração de bodas de ouro, tenho a mensagem daquela daminha na cabeça. A história de união deste casal é a prova que a medida do amor é mesmo amar sem medida em cada fase da vida. É se entregar a todo instante. É estar presente estando
perto ou distante; é expressar o que se carrega no peito em pequenos gestos e nos mais singelos detalhes. É viver a alegria e, principalmente, o silêncio.
É um privilégio testemunhar isso. É um privilégio reconhecer e sentir esse amor sem medida de outras formas: entre primos, amigos, pais e filhos, até no vira-lata que te recebe na calçada e lança o mais puro olhar por um simples cafuné.
Essa potência não rende manchete, mas precisa render mais posts. É o melhor, mais simples e mais velho remédio para o mundo e todo mundo, né? Por que é mesmo que a gente esquece a receita?
Doce Viagem 
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