
Impermanência, palavra mais bonita, que me acalma e me anima a seguir com a vida; palavra mais assustadora, que me faz sentir oca, desesperada e sofredora.
Impermanência, lista provavelmente infinita: é dedo na ferida, lágrimas caídas, emoções vividas, imaginação viva.
Impermanência, que varre tudo: sentimento, experiência, conflito, relação, briga, birra.
Impermanência, do que é constante e do que é mutável, da dor e do amor, do tudo e do nada, do sol e do vento, dos quatros elementos e de todos os momentos.
Impermanência, contrariedade e leveza, flexibilidade e resistência; memória e renovação; desapego e sossego.
Impermanência, fonte da vida, meu lembrete de todo dia a dia, a base do meu sustento, a superação dos meus tormentos.
Impermanência, me ensina e me cativa, me perturba e me consola, me deturpa e me transforma.
Impermanência, ação e fé, o que me mantém em pé, nos altos e baixos dos dias atuais, tão iguais e duais.
Impermanência, mais do que um conceito budista, uma receita comedida, um estilo de vida.
05/08/2021 at 7:41 pm
Amei, Tati! Que texto lindo! Aceitar a impermanência é nosso maior desafio neste planeta.
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06/08/2021 at 3:28 pm
E como! Coloquei num post-it, pregado no computador, para ver se consigo assimilar. Obrigada pela visita. 😉
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