
Elizabeth Gilbert acredita que há tesouros enterrados em cada um de nós. “Creio que esta é uma das peças mais antigas e generosas que o Universo prega em nós, humanos, tanto para a sua própria diversão quanto para a nossa.” A coragem para descobrir essas joias ocultas é o que difere uma existência mundana de outra encantada.
Quando inicia sua caçada, Filipe desliga-se da vida. “É um foco muito grande, é um modo de esquecer um pouco das coisas, do mundo. E geralmente não estou pensando em mim, mas no desenho. Quero que o resultado seja o melhor possível. Eu fico muito preso naquilo, a ponto de esquecer de comer, de só sair dali quando já estou com dor nas costas ou com os olhos embaçados.”
Filipe começou a desenhar ainda pequeno e sempre teve no pai, engenheiro e militar, sua principal inspiração e referência. “Ele sabe desenhar qualquer coisa. Tem aquela habilidade que se você falar “desenhe um carro voando em Júpiter”, ele o faz. E fica tudo perfeito, hiper-realista”.
Filipe, diz, não é assim. “Eu não descobri qual é o meu estilo. Eu tinha uma dúvida se o que eu fazia era uma falha ou um estilo. Porque nunca está perfeito para mim, mas, ao mesmo tempo, você percebe que é meu.”
Seu primeiro desenho foi de um buldogue. “Foi o primeiro que eu virei e falei: ficou muito bom. Eu tinha cinco anos.” Ele até tentou repeti-lo, mas diz que nunca ficou tão bom. Saiu, então, em busca de outros tesouros, contemplou outros estilos, experimentou outras técnicas e fez novas descobertas. “Fiz xilogravura e foi ótimo, porque a perfeição não existe e você tem que lidar com essa frustração. E isso para a vida é maravilhoso, se você pensar.” Ele também fez aquarela e, durante muito tempo, escultura.
Filipe não tornou sua caçada em profissão ou em propósito de vida. Ele a mantém como uma prática devocional, que injeta encantos na sua alma e no Universo.
04/03/2016 at 12:27 am
Filipe sempre foi muito observador e detalhista. Quando fazia um desenho , era muito critico . Mas desde cedo já sabíamos que seria um artista. Puxou ao pai dele , herdou do pai a veia artística e de mim, sua mãe , a apreciação pela arte. Tenho muito orgulho deste menino. Ele tem muito talento. Te amo filho.
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04/03/2016 at 1:11 am
Filipe é meu filho. Tenho muito orgulho dele. Sempre foi muito talentoso e sensível . Herdou do pai a veia artística e da mãe a apreciação pela arte. Somos muito parecidos. Meu artista favorito que amo demais.
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04/03/2016 at 1:31 am
Muito bem escrito o texto sobre esse talentoso e inspirado gênio de criações fantásticas, encontrado apenas por artistas que foram tocados pela sensibilidade artística, compartilhando assim o seu senso de estética conosco e nos presenteando carinhosamente com as suas criações, baseados em fundamentos de cultura, artes e paixão. Bem merecida a homenagem, parabéns !
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05/03/2016 at 12:44 pm
Tati, sou a mãe do Filipe, a dona Sonia, como ele me chama. Meu filho sempre foi muito sensível e talentoso. Quando adolescente tinha mania de perfeição, era muito crítico consigo mesmo, seu desenho nunca estava tão bom, aliás, essa continua sendo sua premissa até hoje, “poderia ficar melhor”. Tenho muito orgulho de meus filhos e sempre soube que o Filipe seria um artista, ele tem alma de artista ( artista como o pai e apreciador da arte como a mãe) Quero agradecer pelo teu carinho para com ele e parabenizá-la pelo seu blog.
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05/03/2016 at 5:58 pm
Dona Sônia, que honra receber sua visita! Eu sou muito fã dos seus filhos (da Ana também) e o Filipe é meu artista preferido. Ele é muito criativo, inteligente, sensível e querido. Puxou certamente os pais. Um beijo 😘
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