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Era o primeiro dia de férias de Cris em Nova York. Mal pisou em solo americano e já saiu para comemorar com o irmão, a cunhada e o sobrinho. A saudade não era o único motivo para estar ali. “Buscava respirar, relaxar e me encontrar”. Depois do almoço, ela se despediu da família e foi desbravar a cidade sozinha. Entrou no Hard Rock, da Times Square, e logo o avistou.

 Era impossível não reparar nele – não apenas pelo seu visual estiloso, mas pela sua energia. Tinha algo especial.” Gostou tanto do que viu que até tirou, discretamente, duas fotos para mandar por WhatsApp para as amigas. Tinha, assim, a desculpa perfeita para puxar uma conversa: pedir a senha do Wi-Fi.

— Rockstar – ele respondeu.

Cris achou estranho e se questionou se ele estava falando de si. Como ela PRECISAVA enviar aquelas mensagens, repetiu a pergunta para outro garçom. “Só que ele ouviu, disse que já havia me falado e, quando repetiu, rimos muito juntos”. Como ele estava trabalhando, não conversaram muito. “Mas não paramos de trocar olhares.” Quando Cris foi deixar o bar, ele entregou um bilhetinho com o seu número de telefone. “Não tive dúvida e o adicionei no WhatsApp na hora”.

Naquela mesma noite, eles começaram a trocar mensagens e o primeiro encontro aconteceu no dia seguinte. “A partir daí, ficamos todo o período juntos. Construímos uma rotina: eu brincava com meu sobrinho e passeava pela manhã, ia ao curso de inglês à tarde e, ao final do dia, dava uma passadinha no Hard Rock para encontrar o Devon, que  me apresentou o lado B, de morador da cidade”.  Com um guia desses, é óbvio que Nova York ocupa um espaço privilegiado no coração dela. “As ruas me transformaram e deram real sentido à minha vida. Ainda me apresentou o Devon e sou muito grata por isso”.

Foram 35 dias juntos, o suficiente para perceber o quanto ele faria falta em sua vida. Eles não traçaram um plano – discutiram somente a possibilidade dele visitar o Brasil antes de partir para a China.  “Quando eu penso no começo da nossa história, tenho certeza de que não imaginávamos o nosso futuro do jeito que ele ficou. Ainda bem! É muito melhor do que qualquer projeção”.