Como a bailarina em uma valsa,
a pétala flanou pelo ar
até pousar no chão.
Sua delicadeza não passou despercebida
principalmente pelo coração,
calado de dor por se recusar a entender
que o fim é um desfecho,
mas também um começo.
É sinal de maturidade,
disse a pétala,
e também de muita coragem,
fundamental ao viver
de qualquer ser.
É hora de voltar à terra,
de retomar o centro,
de descobrir a força de nada ser,
e se libertar da ilusão de tudo querer.
Pois o tudo não cabe no tempo,
embora digam
que há tempo para tudo.
Ainda mudo,
o coração se entregou a uma valsa,
na esperança de viver a promessa
do renascer de um novo mundo.
30/10/2020 at 8:29 am
Eu também quero me entregar a uma valsa na esperança de renascer, mas pode ser em qualquer mundo!
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