
Eu já quis ser uma dessas pessoas que nunca olha para trás, mas a verdade é que dou sempre aquela espiadinha pelo espelho retrovisor. Sou dessas que gosta de recordar pessoas e experiências. Às vezes, dou marcha ré e estaciono por um tempo, mais do que deveria, talvez por não estar pronta para a despedida definitiva; às vezes, me deparo com novas perspectivas sobre velhos acontecimentos e sentimentos, algo que só a distância e a idade fazem por nós. Nesses momentos, limpo a lagriminha que embaça a visão e deixo a #gratidão preencher meu peito.
Em um episódio de This is Us, minha terapia televisiva favorita, Kevin diz à sobrinha que “passamos por essa vida, devagar e sempre, colecionando pedacinhos de nós, sem os quais não conseguiríamos viver, até termos pedaços suficientes para nos sentirmos completos”. Eu acredito que nós já nascemos inteiros e completos. Cada experiência nos ajuda a quebrar a casca de ovo translúcida que nos envolve e nos faz esquecer de toda luz e de todo amor guardado dentro de nós.
O poeta persa Rumi diz que os amantes não se encontram em algum lugar. Eles sempre estiveram dentro um do outro. E é por isso que vale a pena olhar, com gratidão, pelo retrovisor e avançar. Há pessoas, lugares e vivências prontos para despertar mais um pedaço em nós.
*** Esse texto foi, originalmente, publicado no blog Mais um Café?. Pegue a sua caneca e venha conversa com a gente no Facebook ou no Instagram.
26/11/2020 at 8:15 am
Hoje, Dia de ação de Graças, não mais oportuno do que gratidão por tudo que vivemos, aprendemos para que o futuro venha e nos abençoe com novas oportunidades e possibilidades.
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30/11/2020 at 4:55 pm
Boa lembrança!
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