
Até onde vale a pena lutar
Até onde vale a pena insistir
Será que não é melhor descansar
Será que não é melhor desistir
Já não sei mais o que sentir
Não tenho paz nem para dormir
Melhor mesmo é me despedir
Dessa parte que já não faz parte de mim
Ouço ao longe o choro de um violino
Ou talvez seja o canto de um passarinho
Um inesperado poslúdio
Que trato com repúdio
Porque ainda respiro
Bem devagarinho
O pesar no meu peito é um indício
De que talvez seja deficiente
Ou também um pouco doente
Por acreditar ser suficiente
E também ter direito
Mas enfim me rendo
Sem mais argumentos em mente
Digo somente que aceito
Farei o melhor que posso
Com esse destino tão imperfeito
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