Em 2 de setembro, há 199 anos, d. Leopoldina, nomeada princesa regente do Brasil por D. Pedro I, em viagem a São Paulo, reuniu o Conselho de Estado e, diante das notícias vindas de Lisboa, recomendou em carta ao marido a proclamação urgente da independência brasileira.
Uma carta. Uma carta bem escrita mostrou que a princesa, de educação fina, já não era mais menina.
Uma Carta. Uma carta, que expôs a maturidade e a convicção, foi também a libertação.
Uma carta. Uma carta cheia de ponderação mudou o futuro de uma nação.
Uma carta. Uma carta com a importância reduzida, por uma série de picuinhas, uma cultura machista e uma História mal escrita.
Uma carta. Uma carta que revela desejos altruístas, para uma nação ainda mal desenvolvida, cheia de dívidas.
Uma carta. Uma carta que convoca a responsabilidade e destaca os riscos de se permanecer ausente.
Uma carta. Uma carta, que provoca inspiração e ação, deveria dar fim à falação e à encenação.
Uma carta. Uma carta que atravessa os séculos como uma convocação de que mais vale viver a vida com coração e retidão.
Uma carta. Uma carta, que provocou uma comparação por pura admiração, mantém-se ainda desconhecida por boa parte da população.
José Bonifácio de Andrada e Silva, considerado hoje o Patrono da Independência, foi abordado por um dos membros do conselho, surpreso com o conteúdo da carta escrita por D. Leopoldina, repleta de argumentos e reflexões.
Ele, que a conhecia bem e não tinha dúvidas da capacidade e da habilidade da imperatriz, respondeu: “Meu amigo, ela deveria ser ele.”
Viva Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de Habsburgo-Lorena, a primeira Imperatriz do Brasil.
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