
Vejam só esta história: lá na Morada do Coração Perdido, mais especificamente no nº 564 da Rua Lopes Chaves, na Barra Funda, em São Paulo, há um petisco da correspondência trocada por Mario de Andrade com amigos. A minha preferida, até o momento, é a de um modernista menos popular que Oswald e Tarsila.
Antônio Castilho de Alcântara Machado d’Oliveira, ou só Alcântara, formou-se em Direito como o pai e o avô, mas fez seu nome na imprensa – escreveu para jornais e cofundou publicações como a Revista de Antropofagia. Além de uma peça teatral, foi também contista e romancista. Enveredou para a política, mas morreu antes de assumir como deputado federal.
Para esse post, ressalto o cartão-postal enviado por ele, de Salzburgo, na Áustria, a Mario:
Salzburg, 4 out. 1929 – Mozart morreu sem os três dentes superiores da frente: eu vi na caveira dele. Problema para você: qual a influência dessa banguelice na história da música [?]. Queria ver você aqui. Mesmo porque a cidade é ótima. Alcântara.
Moral da história:
Tenha amigos que sabem fazer perguntas “fora da caixa”
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