… que odeia arrumar a cama, mas não aguenta dormir nela amassada; que cansou de gastar dinheiro com cartomante, mas não resiste à Susan Miller; que sente medo da solidão, mas já planeja a próxima viagem sozinha; que compra chocolate belga, mas se esbalda mesmo é com aquela caixa da Nestlé; que é capaz de comer um tomate por refeição, mas não suporta o suco desse fruto; que odeia pé, mas se rende à reflexologia; que não troca por nada o contato pessoal, mas acredita que nada leva mais alento para a alma a uma carta bem escrita; que ama Frank Sinatra, mas se acende mesmo é com um Zeca Pagodinho; que desconfia e se decepciona com pessoas, mas não deixa de se importar com elas; que se considera chocólatra, mas não na forma de sorvete; que vive inquieta, mas sente paz no silêncio; que não larga o iphone, mas se entorpece com cheiro de livro; que odeia barata, gafanhoto e mariposa, mas se encanta com a anatomia da lagartixa na janela de vidro; que prefere calça, mas ganha elogios com a saia rodada; que conta os fios brancos na cabeça, mas esconde com corretivo as espinhas; que adora um bistrô, mas não nega um macarrão com salsicha; que adora frases feitas, mas brada por criatividade; que gosta de palavras, mas grava mesmo fotografias; que gasta com um Kerastase, quando seu cabelo responde a um Fructis; que leva a vida a sério demais, mas procura fazer dela poesia.
14/02/2019 at 10:36 pm
Tati, esse texto pode ser eu, mas pode ser tb toda a minha irmã, pensando bem pode ser minha mãe tb…, xiiiiii descobri toda a trama, somos umas loucas! Kkkkk
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