Chegar ao topo do Mont de Saint-Michel, ou Monte de São Miguel, é um perrengue. O local está a 350 km de Paris, na divisa da Normandia com a Bretanha. E chegar no topo significa muita escada – daquelas que deixam as pernas torneadas e, a cada distração, uma lasca do corpo no muro de pedra. Uma parte do meu dedinho da mão esquerda eu deixei lá. Fui olhar o cemitério, veja só que ironia, tropecei e… desequilibrei! O coração acelerou, mas foi só um sustinho e um raspão na mão. Um pouquinho de sangue, mas nada que outro tantinho de saliva não resolva. O visual cura. O Arcanjo lá do alto mata o dragão e cura tudo.
Declarado patrimônio da humanidade, o Monte de São Miguel começou a ser erguido em 708. Dá para imaginar? O mundo já era mundo naquela época! Foi prisão, local de peregrinação, disputado em guerras, tomado na revolução e hoje ainda abriga monges e 20 famílias. E turistas né? Para dar e vender. Entre um tanto de areia e uma maré que aparece duas vezes por semana. E varre tudo, leva tudo! E quem é que se lembra mesmo do cansaço para chegar ao topo?
18/04/2019 at 7:00 pm
Como sempre adoro suas histórias.
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