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Doce Viagem

O melhor da vida na nuvem

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Coleção Doce Viagem

A escritora que conecta dois mundos

Eu aposto que aquela menina que preenchia cadernos e diários com poesias e histórias jamais imaginaria que a sua paixão pela escrita a conduziria a um propósito tão especial.

Há mais de 20 anos Marisa Fonte encontrou espaço entre contos e artigos para explorar um novo caminho: a literatura espírita. Essa vertente aborda conceitos profundos como a continuidade da vida e a reencarnação, dando voz a histórias que atravessam planos e dimensões.

O primeiro romance, “Minha vida do outro lado da vida”, surgiu de uma parceria tão improvável quanto significativa. Ela e Roberta lecionavam Inglês na mesma escola. Embora não fossem amigas, havia entre elas algo que transcendia o respeito entre colegas. “Eu sempre admirei o sorriso largo e a alegria dela”, conta.

Roberta faleceu precocemente – aos 23 anos, de leucemia. Contudo, o vínculo entre elas não se encerrou ali – pelo contrário, os encontros extrapolaram os limites do ambiente escolar.

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D: O Filho do Fim do Mundo e o Começo de Tudo

Conheci outro D pelas ruas de São Paulo. Entre os pontos em comum com o primeiro está o nome, não exatamente igual, mas uma variação do outro, também cheio de vogais, com a terminação “son”.

“Eu fui colocado no mundo para morrer”, anunciou ele logo nos primeiros minutos de conversa. Sua história é menos trágica do que a sua frase sugere, mas não menos interessante.

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Maria Firmina: A Voz que o Tempo Quase Silenciou”

Na ausência de fotos de Maria Firmina, sua obra-prima, em edição maravilhosa da Antofágica, com texto de Conceição Evaristo.

Maria Firmina parece repetir a sina de um país de memória curta e seletiva. Morreu doente, cega e esquecida e assim permaneceu por um tempo muito além do desejável.

Filha de uma escrava alforriada, ela desafiou as barreiras de seu tempo. Aprendeu as letras, tornou-se professora e não se limitou à sala de aula. Com uma mente afiada e indomável, foi compositora, cronista, poeta e romancista.

O Brasil ainda era colônia, vivendo do sangue e do suor dos escravizados, quando Maria Firmina se tornou uma figura ativa na imprensa e na sua comunidade no Maranhão. Foi assim, como “uma maranhense”, que ela lançou, em 1859, apenas nove anos após a Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico negreiro, a obra Úrsula, que fez dela a primeira romancista negra da Língua Portuguesa, do Brasil e da América Latina.

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Com o luto, o vazio

Lea/Etsy

Com o luto, o vazio
O vazio da ausência
O vazio da ruptura
O vazio da saudade
O vazio do amor
O vazio da lembrança
O vazio da reflexão
O vazio da mudança
O vazio da verdade
O vazio do medo
O vazio da liberdade
O vazio da impermanência
O vazio de ser

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Sobre Amelia, criatividade, mistérios, escrita e coragem

Fonte: Observer

“O que aconteceu com Amelia Earhart que segura as estrelas lá no céu?”, perguntou o New Radicals em uma música de 1998, quando o desaparecimento da aviadora se mantinha um mistério.

Ela foi declarada morta em um 5 de janeiro, há 83 anos, após quase 2 anos de buscas. Nascida em 1897 nos EUA, ela decidiu aos 23 que o seu destino era voar. Tornou-se parte de uma geração de mulheres disposta a promover mudanças – no caso dela, não só estéticas, com seus cabelos curtos e calças compridas (foto 1), como também na ambição e nas escolhas.

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Gente de verdade

Quem é feito de carne, osso e emoções sabe que a vida é bem diferente do feed do Instagram. Há conflito, mau humor, dilemas, decepções, tristeza, surpresas…

O dia 17 de novembro de 2021 poderia ter sido só mais uma quinta-feira na vida de Grazi. Imagine só: ela acordou cedo, pronta para um banho energizante, quando descobriu que o aquecedor de água não estava funcionando. Foi preparar o café da manhã e… o micro-ondas pifou. Sacudiu a poeira para enfrentar a agenda e… foi alvejada por um passarinho.

Sabe o cabelo lavado com água fria?

É, então…

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Predestinado

Acácio (à direita) e a Unidos de Paraisópolis (Foto: Arquivo Pessoal)

É assim que Acácio se define. Afinal, a música o escolheu para promover, com ela e por meio dela, a inserção cultural, inclusiva e musical de crianças e jovens de Paraisópolis. Ele mesmo se criou na 2.ª maior comunidade paulistana, para onde se mudou aos 5 anos, após a separação dos pais.

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As histórias dentro da história

Foto: Milonaina / Pixabay

Foi em um 13 de janeiro que D subiu ao altar pela primeira vez. Tinha apenas 15 anos quando seu uniu àquele homem 9 anos mais velho. O sobrenome e o status social da família dele podiam cobri-lo com o brilho de um príncipe encantado, mas o comportamento o denunciava: era violento e viciado em jogo.

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