Chegar ao topo do Mont de Saint-Michel, ou Monte de São Miguel, é um perrengue. O local está a 350 km de Paris, na divisa da Normandia com a Bretanha. E chegar no topo significa muita escada – daquelas que deixam as pernas torneadas e, a cada distração, uma lasca do corpo no muro de pedra. Uma parte do meu dedinho da mão esquerda eu deixei lá. Fui olhar o cemitério, veja só que ironia, tropecei e… desequilibrei! O coração acelerou, mas foi só um sustinho e um raspão na mão. Um pouquinho de sangue, mas nada que outro tantinho de saliva não resolva. O visual cura. O Arcanjo lá do alto mata o dragão e cura tudo. Continuar lendo “Monte de São Miguel: sangue, suor e entrega”
Ou só de uma menina, que sentava no fundo da sala, enquanto ouvia o professor de cabelos tão brancos quanto a neve falar sobre planícies, pampas, rochas, picos, formações vulcânicas e montanhas? Continuar lendo “Memórias de outra vida?”

Os primeiros pingos de chuva começavam a cair quando adentrei no corredor escuro em busca de uma história de fim trágico. Afinal, o protagonista morreu jovem, aos 37 anos, vítima de uma febre tão abrupta quanto vigorosa. Continuar lendo “A nova velha órbita”
É na Rua Paulo Pedro Heidenreich que a nobre senhora fincou raízes. Desde então, divide sua atenção entre a civilização e a natureza pulsante do sul da ilha onde vive. Seus dias são preenchidos pelo brado das gaivotas, pelo ronco dos motores dos automóveis e pelos sussurros dos pescadores. Com os fragmentos de histórias trazidos pelo vento indócil, ela se deleita e revive as memórias e a saudade eterna de quem lhe deu a vida. Continuar lendo “Quando a saudade é eterna”
Há quem diga que lhe falta vaidade, pois uma maquiagem aqui, um retoque ali, lhe rejuvenesceria. Há quem a julgue desinteressante só porque não se rende a títulos e modismos. Tem, ainda, quem questione sua ambição, ou a falta de, já que não se dá ao trabalho de abarrotar a agenda de compromissos e viver na correria. Ela é assim: não dita regras, não ostenta, não quer impressionar nem convencer ninguém de nada. Não cria inimizades, tampouco desafetos; não se ofende com comparações nem cria caso por isso. Ela é o que é e ponto. Continuar lendo “A beleza de ser quem se é”
É assim que o Museu da Imigração do Estado de S.Paulo deveria ser chamar. O motivo é óbvio: a Hospedaria de Imigrantes do Brás, onde funciona hoje a instituição, abrigou mais de 2,5 milhões de pessoas entre 1887 e 1978. Oriundos de 70 nacionalidades e etnias, eles carregavam, juntos a seus pertences, a esperança de um futuro melhor. Leia Mais

Eu queria que você conhecesse a Sylvia Beach. Filha de um reverendo da igreja presbiteriana, ela se estabeleceu em Paris no início do século XX. Descobriu ali várias paixões, que a levou ao segredo mais bem guardado da humanidade.
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Há muitos motivos para conhecer e voltar à Itália. Os mais comuns são a comida, o vinho, o gelato, a história ou, simplesmente, as raízes. Afinal, estima-se que cerca de 25 milhões de descendentes de italianos vivem no Brasil. Leia Mais